Revoltava-se com frequência, pois achava que todos os olhos em sua volta eram cegos. Ou se faziam, pois como não podiam perceber? A música era seu refúgio, era como se alguém muito longe dali estivesse pensando a mesma coisa, e com um talento que não lhe fora dado, expressava tudo aquilo que gritava dentro de si. Mas a vida não era música. A vida era o sono, o tédio, os conflitos internos e externos, o caminho tortuoso e prazeroso para um destino que talvez nem existisse. Ás vezes gostava muito do presente, de sentir aquilo que agora já não era tão estranho e de viajar dentro de si. Ás vezes era bom. Mas a vida chamava, de um lado e de outro era arrancada do seu pequeno mundo para as coisas que lhe incomodavam cada vez mais. Estava cansada.
2 comentários:
Aprendi que poucas pessoas no mundo possuem essa inquietação. São menos felizes por causa dela? Não. Apenas enxergam além. Sinta-se privilegiada. No fundo, no fundo, o que parece nos fragilizar, serve como escudo protetor. Beijinho.
Obrigada pelas palavras! Ás vezes bate um cansaço, mas sempre acontece alguma coisa que me faz "voltar pro eixo"..rsrs. Bjss!!
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