O livro deu origem a um termo muito utilizado até hoje: Ninfeta. A palavra vem do grego ninfos, que significa mulher jovem exuberante e provocadora de lascívia. Pode vir também de ninféia, que se aproxima de fada. E é assim que Humbert Humbert, o narrador da história, enxergava sua musa de 12 anos, Lolita.
O livro inicia-se com H.H relatando um pouco de sua infância e contando a origem do seu desejo por "Ninfetas". Acho que muitas pessoas que começaram a ler esse livro pararam por aí. Diante de tantos casos de pedofilia que vemos todos os dias, é um pouco revoltante ler o que H.H descreve. Mas eu particularmente resolvi "abrir os poros" e mergulhar na narrativa do personagem. Até porque nesse ínicio, é tudo abstrato.
Depois de um divórcio atípico, o francês H.H se muda para os E.U.A. Lá, seus planos de moradia não dão muito certo, e ele sem opção vai morar na casa de uma parente de seus amigos. Ao ser apresentado ao lugar, seu primeiro desejo é de sair correndo. Isso até a dona da casa lhe apresentar a sua filha, a pequena Lolita. A partir daí, se desenrola toda a história.
Esse é o tipo de história que nos trás vários questionamentos no final. Não é a toa que "Lolita" se tornou sinônimo de "jovem provocadora de lascívia". Ela está muito longe de ser uma menina "inocente". Em muitas partes do livro, se tem a impressão de que a criança na verdade é o H.H. Por outro lado, muitos fatos fazem pensar que Lolita é apenas uma criança muito infeliz e sem alternativa. Enfim, se eu contar mais vou acabar contando o livro todo..rsrs. Minha opinão final sobre o livro é a seguinte: é uma história de amor, e como todas as história de amor (reais), nem sempre é uma história "certinha", nem sempre ambos os lados são pessoas "normais" e nem sempre acaba em um final feliz.
Foram feitas 2 versões do livro para o cinema, uma em 1962 e outra em 1997. É possível encontrar algumas cenas no youtube. Separei uma para vocês, da versão de 1997:
Um dos livros mais interessantes que eu já li. Recomendo muito!