quarta-feira, 30 de março de 2011

A história de um suicídio e a revista "Caras"


Muito já foi falado durante a semana sobre o suicídio da atriz Cibele Dorsa, que se jogou do sétimo andar de seu apartamento e deixou uma carta de despedida para ser publicada na revista "Caras". São tantos os absurdos dessa história que mesmo sendo um assunto já tão discutido, eu senti a necessidade de também expor a minha opinião. O suicídio é uma situação delicada e apesar de na minha opinião se tratar de um ato egoísta e covarde, sempre que fico diante de um caso como esse, tento (sem sucesso) imaginar o que se passa na cabeça das pessoas para que cometam tal ato.
No caso da atriz, o fato dela pensar em elaborar uma carta para a "Caras" me levantou o seguinte questionamento: a dor que ela sentia impediu que ela pensasse na família, que pensasse nos filhos, mas não à impediu que pensasse na sua carta publicada na revista. Até então, trata-se de um desvio, desequilíbrio ou até mesmo de algum transtorno psicológico que a ela poderia estar sofrendo naquele momento (porque é a única explicação que se passou na minha cabeça).
Mas aí, para tornar a situação mais absurda, a revista "Caras" resolve publicar a carta com status de "exclusividade", tratando o caso de maneira indelicada e sensacionalista. E para ficar mais inacreditável ainda, eles publicaram a capa (foto) com o título "Cibele Dorsa, 36 anos: A ATRIZ QUE MORREU POR AMOR". E na continuação do título eles dizem que a carta foi direcionada à revista para que ela divulgasse para a família, filhos, amigos, ex marido e ao grande amor da vida dela, QUE HAVIA SE SUICIDADO HÁ DOIS MESES.
Duas perguntas: como alguém que decide tirar a vida, trazendo sofrimento para os filhos, família e amigos, pode ter feito isso por amor? O único ato de amor que ela teve foi com a revista, que vai lucrar muito com essa edição. E como se divulga uma revista para alguém que já morreu? O dia que a "Caras" resolver ensinar isso para o mundo, o mercado editorial nunca mais será o mesmo. Brincadeiras à parte, sou a favor da liberdade de imprensa, mas muitas vezes os veículos confudem "liberdade de expressão" com falta de bom senso. Esse não foi o primeiro e nem será o último caso, e a esperança que fica é que um dia, esse tipo de sensacionalismo não exista mais. Porque sonhar não custa nada...

quinta-feira, 24 de março de 2011

Aniversário


Há exatamente um ano, eu sentei nesse mesmo local (o laboratório da facu), e sem nada para fazer resolvi criar um blog. E hoje essa minha "obra" completa um ano de vida!!

Escrever é a minha paixão desde sempre e ter criado o blog só me trouxe coisas boas. Conheci blogueiros super legais, aprendi muitas coisas, me disciplinei um pouco mais nos meus textos, viajei na "maionese" de vez em quando (o que eu faço com frequência "no mundo real" ) e até utilizei ele como currículo (e deu certo!). Eu não me considero uma pessoa perfeccionista, mas se tratando do blog eu nunca me dou por satisfeita. Sempre quero mudar alguma coisa aqui, outra ali e por isso sempre estou contando com a opinião de vocês.

A enquete já foi encerrada e tivemos um empate: Livros, opinião e divagações (cada um com dois votos). Pelo menos percebi que vocês me conhecem mesmo, porque são os assuntos que eu mais gosto de escrever. Vou seguir nessa linha e só dou um aviso: foram vocês que pediram..haha.

Gostaria de agradecer a todos os seguidores, todos que sempre comentam e todos que sempre visitam o "Buscando o foco". Como futura jornalista, o meu prazer é levar, nem que seja só um pouquinho, informações e coisas legais para vocês. Espero que eu esteja no caminho certo.
Muito obrigada!

sábado, 19 de março de 2011

Se houver amanhã - Sidney Sheldon



Cumprindo o que eu disse no primeiro post sobre Sidney Sheldon aqui no blog, já faz algum tempo que resolvi ler mais uma de suas obras, para tirar (ou confirmar) de vez a impressão ruim que eu tive na primeira leitura. E que bom que eu fiz isso.
O livro “Se houver amanhã” nos apresenta a história de Tracy Whitney, uma jovem bancária que está noiva do homem da sua vida, o herdeiro de uma grande fortuna. Tudo está perfeito para Tracy, até ela receber a notícia que abalaria toda a sua história: sua mãe havia se suicidado. Determinada a descobrir o motivo para tal ato, ela começa a investigar e descobre que a empresa que herdará de seu pai e que era administrada por sua mãe havia sofrido um golpe. Cega pelo desejo de vingança, Tracy procura o responsável por toda a desgraça de sua família e acaba se envolvendo em uma armação que a leva para a cadeia.


Sem família, abandonada pelo noivo e vítima dos mais diversos abusos na cadeia, ela junta todas as suas forças para conseguir sobreviver. E dar uma virada em sua história. Esse livro é um romance daqueles de tirar o fôlego. A protagonista da história é muito inteligente e perpicaz, o que a torna uma personagem inesquecível. Se compararmos a primeira parte do livro com o final, parece se tratar de duas mulheres e duas histórias diferentes, tamanha a mudança que ela sofre. Isso claro, com a ajuda dos outros personagens, que são muito bem construídos e que deixam marcas significativas em Tracy.
Segundo os membros da comunidade do orkut "Sidney Sheldon Brasil", esse é considerado um dos melhores livros do autor. Na época de seu lançamento nos E.U.A (1986), chegaram a adaptá-lo para a televisão.
Dessa vez eu gostei muito da leitura, já li até outra obra dele depois desse livro. E o legal é que por ser um autor muito conhecido, não é nem um pouco difícil achar alguém que tenha para emprestar...(contenção de despesas é tudo rs). Vou deixar para vocês um trecho da minissérie, quando Tracy já está na cadeia. Espero que curtam!


Atualizado em 27/04/2011: Quem acompanha a novela "Insensato Coração" já deve ter percebido que a personagem Norma, vivida pela atriz Glória Pires, apresenta muitas semelhanças com a Tracy. Ela até já apareceu lendo um livro do Sidney Sheldon (que agora infelizmente não me recordo o nome). Acho que o autor Gilberto Braga deveria declarar abertamente essa influência no livro. Pelo menos faria a alegria dos fãs :)

sexta-feira, 11 de março de 2011

O defeito de cada um

Olá pessoal, td bem?
Sei que estou devendo mais textos legais e construtivos aqui para vocês, mas estou passando por alguns dias de adaptações (em vários sentidos) e não tenho conseguido pensar em um assunto legal que possa agregar alguma coisa nesse cyber espaço, vulgo internet. Por isso, criei uma enquete para me ajudar. Nela estão os assuntos que eu mais escrevo aqui no blog e gostaria muito da colaboração de vocês. Podem marcar mais de uma opção e fiquem tranquilos que o voto é secreto rs. Daqui pra frente, eu sinto que terei mais liberdade de escrever alguns textos mais "filosóficos" aqui no blog e isso me deixa muito feliz. E a minha busca pelo "foco" anda tomando caminhos "quase" certos. Como diria meu novo chefe: "vai dar tudo certo".
Hoje eu vou deixar aqui um texto "das antigas", publicado no "Poros Abertos" no finzinho de 2009. De todos os textos que eu escrevi até hoje, esse é de longe o meu favorito. Escrevi ele em um momento importante para mim, pois foi a partir dele que comecei a mudar vários pensamentos e coisas boas aconteceram na minha vida por conta disso. Espero que gostem! E não esqueçam de votar na enquete hein, mesmo que seja na última opção ;)

O defeito de cada um

Não existe nenhum ser humano perfeito, isso é fato. E existem uma infinidade de defeitos que uma pessoa pode ter. Mas antes de apontar o dedo para alguém diante de sua palavra mal dita ou de sua atitude errada, seria perfeito que cada um pudesse saber a origem daquele defeito.

A perfeição, ou podemos dizer a “quase perfeição” é procurada intensamente por muitas pessoas, baseando-se muitas vezes em situações irreais, como as novelas, filmes, propagandas etc. Ainda hoje, no século XXI, é difícil para algumas pessoas entenderem, por exemplo, que uma pessoa prefere a companhia de um livro do que sair para uma balada com os amigos. Essa pessoa pode ser considerada “anti-social”, “estranha”, “nerd”, ou seja, isso se torna um defeito. E o pior, a pessoa com essa característica também acaba achando que tem um defeito. Quantos defeitos hoje foram criados pela sociedade?? O defeito de ser alto demais, baixinho demais, gordo demais, tímido demais, falante demais, muito ríspido, muito bobo...enfim, quantos desses são realmente defeitos e quantos desses são características imutáveis de um indivíduo?

Na sociedade, as pessoas que vencem seus “defeitos” e conseguem se tornar pessoas melhores viram exemplos, o que consequentemente sempre gera frustração, afinal, a grande maioria fica a margem, com as suas terríveis falhas.
Cada um sabe as razões que o levam a ser e viver de determinada forma, e se muitos não respeitam, também se deve entender os motivos. Afinal, como foi dito por Clarice Lispector “Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.” Vamos aceitar de vez nossos defeitos.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Galeria de novelas

Assistir novelas talvez não seja um hábito tão presente nos dias de hoje (pelo menos para algumas pessoas). Ultimamente tem sido comum ler nos sites especializados em TV que os indíces de ibope das tramas não alcançam mais os números que alcançavam há alguns anos. Apesar disso, essa cultura ainda permanece e mesmo a pessoa mais desatualizada do mundo no sentindo "novelístico" se recorda de uma novela ou de um personagem marcante da TV.
E é isso que nos mostra o blog "Galeria de Novelas". O autor Augusto César Gael reúne fotos e textos das mais diversas novelas, desde as mais inesquecíveis até aquelas que nínguem se recorda. Além disso, ele também comenta sobre as tramas atuais, sempre com um texto muito leve e bem humorado.

O legal de visitar o blog é que fazemos uma viagem no tempo, pois as novelas acabam retratando como é a vida, os costumes e a moda da sociedade naquele determinado período. E mais do que isso, é possível relembrar de épocas de nossas próprias vidas. Eu, por exemplo, vi essa foto do clássico personagem "Cadeirudo" da novela "A Indomada" e me lembrei da minha época do primário, quando os garotos imitavam ele e as meninas saiam correndo para o banheiro...rsrs. Lembranças toscas à parte, vale a pena conhecer o blog: http://galeriadenovelas.blogspot.com/